MOTOR DA ECONOMIA. Navio-plataforma encomendado
pela Petrobras à indústria nacional, antes da crise, deixa o estaleiro em
Niterói em 2016
A crise
na Petrobras leva a uma nova lei que retira da empresa a exclusividade de
explorar o petróleo do pré-sal e levanta discussões sobre a perda da nossa
soberania no setor
O governo
federal aprovou no Congresso Nacional, em novembro de 2016, uma nova lei que
retira a obrigatoriedade da Petrobras de ser controladora em todas as
explorações de petróleo e gás natural nas jazidas do pré-sal. A aprovação da
medida vem a reboque da dura crise administrativa e financeira que afeta a
Petrobras, e é tratada pelo governo como a tábua de salvação para a empresa e a
melhor forma de alavancar a prospecção de petróleo. Contudo, a decisão gerou
protestos da oposição e de sindicatos, que defendem a soberania nacional sobre
todo o petróleo em nosso território.
Descobertas
há dez anos, as milionárias reservas de petróleo na camada do pré-sal abrigam
dezenas de bilhões de barris, suficientes para colocar o Brasil entre os
maiores produtores mundiais. Com tão altas expectativas, as ações da Petrobras
na bolsa de valores mantinham-se nas alturas, as grandes empreiteiras e as
construtoras das plataformas e navios de exploração realizavam contratos
milionários com a estatal e os investimentos fluíam, abundantes. A euforia,
porém, durou pouco. Desde 2014, a combinação de uma série de eventos no Brasil
e no mundo deu uma freada na exploração do pré-sal e, pior, arrastou a
Petrobras para uma crise abissal.
As razões
da crise
A
Petrobras é uma companhia estatal de capital aberto, com ações negociadas na
bolsa de valores, e tem como principal acionista o governo. Para dar conta de
suas atividades principais, de prospecção e exploração, refino e produção de
petróleo, seus derivados e gás natural, a companhia movimenta diversas
engrenagens da economia nacional.
Ela
compra equipamentos, como navios e sondas, contrata empreiteiras para grandes
obras e empregava, em 2015, cerca de 260 mil funcionários, entre empregados e
terceirizados.
As atuais
dificuldades enfrentadas pela empresa remontam à crise econômica de 2008, que
afetou todo o planeta. Para combater os efeitos da recessão, o governo federal,
à época presidido por Luiz Inácio Lula da Silva, adotou medidas econômicas para
estimular a produção e o consumo no mercado interno. Como o consumo maior
normalmente gera aumento da taxa de inflação, o governo manteve sua política de
não repassar totalmente o aumento internacional dos preços externos do petróleo
para os da gasolina e do óleo diesel vendidos aqui, mesmo importando esses
combustíveis a preços maiores. Isso porque aumentar o preço de combustíveis
poderia gerar mais inflação. Essa política provocou os primeiros abalos na
rentabilidade da empresa. O baque seguinte veio com o início da Operação
Lava Jato, a partir de 2014, que investiga um esquema de lavagem de
dinheiro e superfaturamento de obras envolvendo a Petrobras, construtoras e
político.
A
Petrobras iniciou investigações internas. O patrimônio foi reavaliado e foram
descontados como perdas os valores de obras e contratos denunciados como
superfaturados. Resultado: o balanço da empresa de 2014 declarou um prejuízo de
21,6 bilhões de reais. Em 2015, a produção de petróleo subiu, mas a empresa
terminou 2015 com um balanço negativo de 35 bilhões de reais.
O
prejuízo operacional derrubou o valor das ações da empresa nas bolsas de
valores, pois os investidores esperam receber lucros anuais, e prejudicou a
obtenção de financiamentos e novos investidores. A empresa paralisou as suas
duas obras mais importantes, os complexos de refinaria Comperj, no Rio de
Janeiro, e Abreu e Lima, em Pernambuco, e os pagamentos às empresas
investigadas. Os investimentos para o período de 2015 a 2019 foram reduzidos em
37% e também foram revistas para baixo as metas de produção de petróleo e gás.
Para reduzir o endividamento, a empresa começou a vender bens e operações
consideradas não essenciais.
A queda
nos royalties
A freada
na exploração do pré-sal teve outra consequência: reduziu a entrada de
royalties nos cofres públicos. Os royalties são a compensação paga pelas
empresas pelo direito de explorar as jazidas – devem engordar os cofres
públicos, financiar a educação e a saúde. Além do governo federal, são
duramente afetados estados e municípios produtores. Essa queda é apontada como
uma das causas da crise econômica que atinge o Rio de Janeiro em 2016 e 2017.
Para
piorar a situação da Petrobras, a empresa foi duramente afetada pela conjuntura
externa do mercado petrolífero. Após uma elevação contínua de valor neste
século, o preço médio dos barris de petróleo despencou da faixa de 111 dólares
em 2011 e 2012 para a faixa de 50 dólares o barril em 2015 e 2016. Essa queda
afetou o planejamento financeiro das petroleiras em todo o mundo, e aqui
atingiu fortemente a Petrobras.
As regras
do pré-sal
A fim de
recuperar as finanças e a credibilidade da Petrobras e os investimentos, o
presidente Michel Temer tomou uma série de medidas. Uma delas é encarecer ou
baratear os combustíveis conforme os preços internacionais. Outra é a lei que
altera as regras para explorar o pré-sal.
Para
entender os argumentos usados contra e a favor da mudança legal da exploração
do pré-sal é preciso relembrar alguns aspectos. Todo petróleo existente em
território brasileiro pertence à União, mas a exploração das jazidas pode ser
feita por empresas privadas, sempre pagando alguma compensação. Pela
Constituição de 1988, a União deve repassar parte desses recursos a estados e
municípios. Sob esses princípios, foi criada entre 2010 e 2013 uma legislação
específica para as operações do pré-sal. Entre os diversos aspectos abordados
nessas leis estão três pontos muito importantes:
·
Royalties: Empresas
privadas podem explorar o petróleo do pré-sal sob regime de partilha. As
reservas continuam sendo patrimônio da União, e as companhias exploradoras só
têm direitos sobre o volume extraído. Nesse regime, as empresas concessionárias
devem pagar à União, como royalties, 15% do valor do petróleo produzido. Do
total arrecadado por meio das compensações, o governo federal fica com 20%;
estados e municípios produtores (que têm em seu território reservas
exploradas), com 35%; e os demais estados e municípios, não produtores, com
outros 45%. Os valores da arrecadação dependem não apenas do volume de petróleo
extraído, mas também do preço do petróleo no mercado internacional e do valor
do real frente ao dólar.
A oposição ao governo federal afirma que a nova lei para o pré-sal viola nossa soberania sobre o petróleo
·
Destinação: Os recursos arrecadados que cabem à União, aos estados e municípios, a partir de dezembro de 2012, têm destino certo: 75% para investimentos em educação e 25% para a área da saúde. O governo também criou um Fundo Social que recebe todos os recursos do pré-sal da União (exclusivamente), anteriores a essa data, no qual metade do valor é destinado à educação e a saúde, nos mesmos percentuais, mas a outra metade pode ter outras destinações sociais, a critério do governo.
Destinação: Os recursos arrecadados que cabem à União, aos estados e municípios, a partir de dezembro de 2012, têm destino certo: 75% para investimentos em educação e 25% para a área da saúde. O governo também criou um Fundo Social que recebe todos os recursos do pré-sal da União (exclusivamente), anteriores a essa data, no qual metade do valor é destinado à educação e a saúde, nos mesmos percentuais, mas a outra metade pode ter outras destinações sociais, a critério do governo.
·
Participação da Petrobras: Pela lei originalmente adotdas, todas as operações
de exploração deveriam ser comandadas pela Petrobras, que se tornaria operadora
única, com controle de custos e processos. Além disso, todas as empresas
privadas interessadas em participar da exploração do pré-sal deveriam entrar em
um consórcio no qual a Petrobras teria uma participação mínima de 30%.
SAIBA
MAIS SOBRE O PRÉ-SAL
O
petróleo é uma substância orgânica, criado ao longo de centenas de milhões de
anos, pelo acúmulo e pela decomposição de matéria orgânica, que, por movimentos
geológicos, foi soterrada na superfície do planeta. No pré-sal, o petróleo está
embutido em uma camada de rochas porosas, debaixo de uma espessa camada de sal,
a cerca de 7 quilômetros de profundidade, no leito do oceano. Esses depósitos
se formaram há mais de 100 milhões de anos, à época da separação dos
continentes africano e sul-americano.
As
reservas brasileiras do pré-sal já identificadas ficam a cerca de 300
quilômetros do litoral e estendem-se do Espírito Santo e Rio de Janeiro a São
Paulo e Santa Catarina. É uma faixa de 200 quilômetros de largura e 800
quilômetros de extensão. Dos campos de exploração ali descobertos a Petrobras
estima que possam ser retirados 50 bilhões de barris equivalentes de petróleo
ou gás natural. Em novembro de 2016, o volume de petróleo extraído do pré-sal
correspondia a mais de 40% do total da produção nacional. Extrair o combustível
desses depósitos exige tecnologia sofisticada, na qual a Petrobras é
considerada pioneira.
O que
mudou
Foram as
regras de participação da Petrobras que se alteraram com a nova lei, proposta
pelo governo e aprovada no Congresso. A empresa continua com a preferência nas
licitações para explorar qualquer bloco leiloado. Mas, nos casos em que ela não
tiver interesse (ou recursos para investir), outras empresas, nacionais ou
estrangeiras, podem assumir integralmente a operação. A nova lei não altera a
forma de pagamento e distribuição de royalties.
O governo
federal entende que o fim da exigência para a Petrobras de que atue como
operadora única vai acelerar a entrada de empresas privadas no pré-sal, e que
isso ajudará a Petrobras a sair da crise. Apoiando a argumentação do Planalto,
um estudo de economistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
calculou que, com as novas regras, o pico de arrecadação do governo federal com
a riqueza do pré- -sal se antecipará em onze anos, e que o valor dessa
arrecadação se multiplicará por dez. Governadores dos estados produtores também
defenderam a flexibilização, pois poderão receber mais royalties e mais
rapidamente.
Já os
sindicatos dos petroleiros destacam que a tecnologia da Petrobras para explorar
em águas profundas e ultraprofundas é reconhecida mundialmente, e que a
petroleira nacional conseguiu quadruplicar a produção do pré-sal em apenas
quatro anos. Partidos da oposição ao governo de Michel Temer alegam, também,
que a retirada da exclusividade da Petrobras reduz a participação do Estado e
fere o princípio constitucional de soberania nacional sobre todo o petróleo em
nosso território.
Geopolítica
do petróleo
Toda a
discussão acerca das alterações nas regras de exploração do pré-sal acontece
porque o petróleo é a principal fonte de energia do mundo e o controle sobre
suas reservas é extremamente estratégico para a economia de qualquer país. O
petróleo é uma commodity – um produto primá- rio, como os produtos agrícolas,
que têm preço definido pela lei da oferta e procura, no mercado
internacional. A procura depende, principalmente, do crescimento econômico:
quanto mais aquecida está a economia mundial, maior o consumo de petróleo. Já a
oferta é definida pelos grandes produtores, na maior parte das vezes movida por
interesses econômicos, entrelaçados a motivações políticas.
É o que
faz a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), um cartel criado
nos anos 1960 que reúne 13 países entre os maiores produtores do mundo, no
Oriente Médio, na África, na América do Sul e na Ásia. A organização detém 42%
da produção mundial de petróleo e mais de 70% das reservas provadas, e tem
grande poder para gerir os preços mundiais.
Situação
atual
O grande
crescimento econômico mundial nos primeiros anos da década de 2000 elevou o
preço do barril a valores recordes, superando a faixa dos 100 dólares entre
2011 e 2013 (veja gráfico acima). Mas, após o início da crise econômica
mundial, em 2008, a desaceleração da indústria nas economias desenvolvidas
diminuiu a procura, e os preços começaram a cair. O barril chegou a custar 30 dólares
no início de 2016, e adentrou 2017 em uma faixa média de 50 dólares.
Atualmente,
a Opep, principalmente por meio de seu membro mais influente, a Arábia Saudita,
tem interesse em manter baixo o preço do barril. Isso porque o petróleo barato
desestimula novos investimentos dos principais concorrentes da organização. Os
Estados Unidos (EUA) são um deles.
Nos
últimos anos, os norte-americanos ampliaram a exploração do gás natural e
petróleo extraídos do folhelho. Folhelho é o nome correto para o chamado xisto
– uma formação de rocha sedimentar rica em matéria orgânica decomposta. Dessa
rocha se extrai gás natural e um tipo de petróleo menos maduro, mas do qual
podem ser retirados os mesmos derivados do petróleo convencional. Desde 2013, o
volume de gás natural retirado dessa fonte nos EUA supera o produzido por todas
as outras fontes. Estima-se que as jazidas de xisto guardem 32% do total de
reservas mundiais de gás natural e 10% do de petróleo bruto. Com o aumento da
produção, os EUA reduziram suas importações.
Além
disso, a decisão da Opep em manter a produção elevada e a crise econômica, que
provocou redução das atividades industriais, teve um efeito direto no mercado:
está sobrando petróleo, o que fez os preços despencarem. Em novembro de 2016, a
Opep decidiu reduzir um pouco sua produção diária para diminuir a oferta, mas
ainda mantinha o barril em valores baixos no início de 2017.
PARA IR
ALÉM: O filme
Terra Prometida (de Gus Van Sant, 2012) aborda os impactos sociais e ambientais
relacionados à exploração de xisto nos Estados Unidos.
BONS
VENTOS. Turbinas eólicas para produzir eletricidade, em Talba, no litoral do
Ceará, um dos principais produtores dessa energia no Nordeste
MUDANÇAS
NA MATRIZ DE ENERGIA
O aumento
da produção de petróleo e gás amplia a autonomia energética do Brasil, e
crescem as energias limpas
A
descoberta e produção de petróleo e gás na camada pré-sal do leito marinho
levou o Brasil a uma posição privilegiada e quase única no mundo: é
praticamente autossuficiente em petróleo e gás – autonomia que tem variado em
alguns anos –, entre as grandes economias, tem a matriz energética mais limpa e
renovável e tem expandido fortemente sua produção de energia eólica (dos
ventos) e solar.
A matriz
energética, também chamada de Matriz de Energia, é o conjunto dos recursos de
energia utilizados por um país, região ou estado e suas formas de uso. A
energia é essencial para o funcionamento de todos os setores e da sociedade.
Por isso é importante ter recursos energéticos, senão a sociedade paralisa-se.
Todos os países calculam periodicamente quantos recursos possuem, quanto gastam
e em quais usos. No Brasil, o resultado de cada ano é publicado no Balanço
Energético Nacional (BEN).
Uma das
formas de elaborar a matriz é calculando a produção e o consumo de fontes
primárias e secundárias:
- Fontes de energia primárias São os recursos obtidos na natureza: petróleo, xisto, carvão mineral, lenha, cana-de-açúcar, mamona e soja, urânio, água, sol, ventos.
- Fontes de energia secundárias São os recursos derivados dos primários: óleo cru e diesel, gasolina e querosene, biodiesel, bagaço de cana, etanol (álcool), carvão vegetal e eletricidade, entre outros.
Outro
cálculo é feito do que é renovável e do que é não-renovável:
- Energia renovável É aquela produzida com fontes primárias que se renovam ou podem ser renovadas, poluentes ou não: a energia obtida da água, do sol, dos ventos e dos produtos agrícolas. A madeira está entre os renováveis, pois pode ser replantada, apesar de ser fortemente poluente quando é queimada.
- Energia não renovável É aquela produzida com fontes primárias que, em princípio, acabarão, como o petróleo, o carvão mineral, o gás natural. Por ser mais barata e prática, é a mais utilizada no mundo.
Matriz
energética mundial
Manter a
oferta de energia em crescimento na matriz e mudá-la quando necessário é um
desafio permanente de cada nação. Países como o Japão e a França, por exemplo,
não dispõem de grandes volumes de recursos hídricos e pouco ou nenhum petróleo.
Eles importam o petróleo e derivados e utilizam usinas térmicas ou
termonucleares em larga escala para produzir eletricidade. Já a China e a Índia
são grandes consumidores de carvão mineral, a fonte de energia mais abundante e
barata do planeta – e também a que mais polui. O petróleo, o carvão mineral e o
gás natural são os três principais combustíveis da matriz mundial. Juntos,
totalizam mais de 80% da energia produzida e são os principais vilões na
emissão de gases do aquecimento global. São usados na indústria e transportes e
para produzir eletricidade. Nos países desenvolvidos, é também grande a
produção elétrica em usinas termonucleares, opção que alguns países, como
Alemanha e Itália, estão abandonando, devido aos riscos de acidentes como o da
Usina de Fukushima, no Japão. A preocupação ambiental deu origem a outros
conceitos.
·
Energia sustentável É aquela que utiliza os recursos naturais disponíveis de forma a
preservá-los para uso futuro e evitar ou minimizar os impactos sobre o meio
ambiente. São exemplos a energia hídrica, a solar, a eólica (dos ventos).
Porém, também é considerada sustentável a energia obtida na queima de biomassa
(bagaço da cana e resíduos de madeira), de gás natural (de jazidas, de
biodigestores de esterco animal e dos aterros sanitários), por exemplo, por vir
de recursos que podemos repor e emitir menos gases do efeito estufa.
·
Energia limpa É aquela
que não polui o ambiente, ou que polui menos, como a hidrelétrica, a eólica e a
solar, já usadas no Brasil. Em alguns países, é utilizada a energia cinética
das ondas e marés, e a geotérmica (gerada de fontes naturais de calor
vulcânico). O etanol e o gás natural veicular (GNV), por sua vez, são
considerados mais limpos do que a gasolina, o óleo diesel e o querosene, porque
poluem menos.
Energia
eólica se destaca
A busca
por fontes de energia limpas se acentuou em razão do aquecimento global. No
Brasil, que já possuía uma matriz equilibrada por produzir eletricidade
principalmente em represas, a produção de biocombustíveis se acentuou com a
fabricação de automóveis com motores flex, que combinam gasolina ou diesel com
etanol. Nos anos recentes, cresce a produção de biodiesel de cana e cereais, de
energia eólica e a solar.
A
eletricidade de energia eólica experimenta um crescimento muito forte. Em 2014,
o Brasil investiu 6,6 bilhões de dólares nessa energia, o quarto maior valor no
mundo. Em 2015, a produção eólica cresceu mais de 50% em apenas um ano,
passando de 2% para 3,5% do total da eletricidade gerada. Em 2016, o país
possuía 417 parques eólicos ativos (a maioria no Nordeste), 133 em construção e
outros 202 previstos. Agora, espera-se crescimento semelhante na energia solar.
Em 2016, o país possuía 42 usinas solares de eletricidade, 12 em construção e
99 em estudo.
Resumo
Matriz de
energia
MATRIZ
ENERGÉTICA É o conjunto dos recursos de que um país, uma região ou um estado
dispõe como fonte de energia e as formas como são usados.
CONCEITOS
Fontes primárias são os recursos obtidos diretamente da natureza, como
petróleo ou água. Fontes secundárias são os recursos derivados dos
primá- rios, como a gasolina. Fontes renováveis são recursos primários
que se renovam rapidamente, sejam eles poluentes ou não. Fontes não renováveis
são recursos primários que não se renovam em curto prazo e, portanto, um dia se
esgotarão. Energia sustentável é aquela de fontes renováveis, que poluem
menos. Energia limpa é a que não polui, ou polui menos.
MATRIZ
MUNDIAL E BRASILEIRA Petróleo, carvão mineral e gás natural totalizam 80% da
energia produzida e são os principais vilões na emissão de gases que agravam o
efeito estufa. A matriz brasileira é uma das mais equilibradas do mundo, com
autonomia em volumes de petróleo e quase metade da energia gerada por fontes
renováveis.
PETROBRAS
É a maior empresa brasileira, controlada pelo governo, com operações que afetam
muitos setores da economia e vive grave crise financeira e administrativa. A
crise é provocada por diferentes fatores, entre eles prejuízos bilionários pela
corrupção de seus altos executivos, má gestão de preços de combustíveis e queda
abrupta dos valores internacionais dos barris de petróleo. Diante da crise, o
governo aprovou uma nova lei em 2016 que permite a empresas privadas explorar o
pré-sal sem o comando da Petrobras, quando a empresa não tiver interesse em
áreas leiloadas. Para os críticos, a mudança fere a soberania nacional sobre o
petróleo em território brasileiro.
PRÉ-SAL É
uma camada de rochas sob uma espessa área de sal no solo marinho, a cerca de 7
quilômetros de profundidade. Ela guarda dezenas de bilhões de barris de
petróleo e gás. Suas receitas serão priorizadas para a educação e a saúde.
Fonte disponível em: https://guiadoestudante.abril.com.br/curso-enem-play/atualidades-economia-matriz-de-energia/ - acesso em 13/10/2017.