segunda-feira, 12 de julho de 2010

A Questão Palestina


Na Gaza Palestina, a miséria só fez crescer

 A ascensão política do Hamas afastou doadores e aprofundou dificuldadess: criança entre a pobreza de cidade da Faixa de Gaza
Situada às margens do Mar Mediterrâneo, a Faixa de Gaza é um símbolo da resistência palestina. Afinal, assim que Israel iniciou a guerra de 1948, palestinos migraram em massa para a região em busca de abrigo. Atualmente, Gaza é também símbolo de pobreza, desemprego e da falta de perspectivas, agravadas pela interrupção do envio de recursos internacionais para a população local.
O bloqueio foi determinado por Israel - que controla as fronteiras do território - quando o grupo islâmico Hamas venceu as eleições gerais de 2006 e e tem sido mantido, com raros momentos de abertura, pelo governo israelense. Tel-Aviv alegou que se recusava a repassar recursos a um governo apoiado em uma facção terrorista. EUA e Europa apoiaram a decisão israelense, tentando pressionar o Hamas a, finalmente, reconhecer a existência do Estado de Israel.
A falta de dinheiro não demorou a ser sentida por uma região que era já bastante debilitada. Segundo a Cruz Vermelha, passaram a faltar remédios nos hospitais, por exemplo. Até os salários de mais de 160.000 funcionários da Autoridade Nacional Palestina (ANP), responsável pela administração do território, atrasaram por meses. O fato ajudou a afundar ainda mais a realidade de milhões, tanto em Gaza quanto na Cisjordânia. Em muitas áreas falta mesmo o básico: comida.
Problemas históricos - Os problemas vêm de longe. Com a ocupação israelense, entre 1967 e 2005, e a conseqüente revolta palestina, a Intifada, o território caiu em instabilidade social e estagnação econômica. Antes do início da segunda Intifada, em 2000, mais de 30 mil palestinos cruzavam a fronteira diariamente para trabalhar em Israel. Porém, com o aumento da violência, passagens passaram a ser fechadas e postos de trabalho foram extintos. A renda local caiu. Segundo a ONU, cada palestino que trabalha sustenta outros sete que não têm o que fazer. Em 2007, segundo a ONU, cada palestino que trabalhava sustentava outros sete que não tinha o que fazer. Mais de 600.000 dependiam exclusivamente de ajuda humanitária internacional, o que dá a dimensão da falta que o dinheiro bloqueado por Israel faz.
Acesso em 12/07/10 às 13:18

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